Incrustações em trocadores de calor, recheios de torres sujos e com pobre troca térmica, membranas de osmose sujas, resinas de troca iônica perdendo capacidade de troca…
Alguma vez você já pensou que o problema pode não estar exatamente nestes sistemas que estão gritando por ajuda?
Talvez você esteja neste exato momento passando por algum desafio como este na sua planta e esteja colocando todo o seu esforço olhando para a consequência do problema e esteja deixando passar a causa raiz.
O que eu quero dizer com isso é: Muitos problemas comuns em sistemas de resfriamento, osmose reversa e sistemas de desmineralização, são provocados pelo pobre pré tratamento.
Neste sentido, voltar a atenção as etapas de pré tratamento inciais pode em muitos casos ajudar a evitar muitas perdas como o consumo de água excessivo, gastos com manutenções em trocadores de calor incrustados, troca prematura de resinas, troca prematura de membranas, dentre outros.
Mas se o problema está muitas vezes na estação de tratamento de água, onde eu deveria colocar meus esforços?
Vou dividir com você 7 boas práticas que te ajudarão a evitar estes problemas.
1 – Fazer jar teste rotineiramente;
2 – Ajustar a dosagem de coagulante pelo menos 3 vezes ao dia;
3 – Fazer testes de demanda de cloro;
4 – Fazer análises de matéria orgânica
5 – Prestar atenção às campanhas dos filtros comparando o projeto com o a campanha atual
6 – Observar as taxas de operação da estação de tratamento de água
7 – Ter um rígido controle analítico da água clarificada, antes e depois do tanque de armazenamento.
Cabe salientar que a primeira delas, a realização do jar teste, é fundamental, pois no caso de excesso de coagulante, você estará adicionando ao sistema uma carga de alumínio que pode ocasionar todos os problemas que mencionei no início deste artigo.
Por outro lado, a baixa concentração de coagulante, pode elevar a turbidez, o SDI e diminuir a remoção de matéria orgânica, o que mais uma vez também causará todos os problemas que citei, e outros mais.
Mas o que fazer afinal?
Simples, consistência analítica e operacional.
Na prática o que se deve fazer é estabelecer de maneira clara indicadores de performance para o sistema, realizar as análises na frequência adequada para o sistema e tomar as ações de correção ou melhor ainda, antever o que irá ocorrer no sistema e preventivamente evitar que o desvio ocorra.
Se você fizer isso, tenho convicção que não só a sua estação de tratamento de água funcionará adequadamente, mas, todos os sistemas subsequentes a ela terão a melhor performance e o menor custo operacional.